Friday, August 25, 2006

Blog fc
(frederico corado)
Thursday, June 01, 2006


projecto lc

Primeira conversa com Aveiro.
Projecto Lauro Corado - meu avô - começa a andar.
Finalmente ...
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9:20 AM
EXPOSIÇÃO LAURO CORADO
AVEIRO 2004
«O balanço é positivo e um pouco frustrante»2004-02-17

Manuel Ferreira Rodrigues, vereador da Cultura, sobre o seu mandato Manuel Ferreira Rodrigues faz um balanço do seu mandato à frente do pelouro da Cultura, da câmara de Aveiro, admitindo ser «positivo» e ao mesmo tempo «um pouco frustrante».
O autarca revela estar disponível para travar todos os combates que o PS lhe solicite Que balanço faz do trabalho que tem realizado ao longo deste seu mandato como vereador da Cultura? Se atendermos à conjuntura difícil em que vivemos, eu gostaria de dizer que o balanço é positivo. Se atendermos aos sonhos que eu tinha quando aceitei integrar a lista do PS à câmara de Aveiro, então tenho de dizer que o balanço é um pouco frustrante. Tinha muitos outros projectos que, mercê das condições em que temos estado a trabalhar, têm sido adiados ou profundamente alterados. O trabalho que desenvolve tem correspondido às suas expectativas? Há áreas onde tem correspondido plenamente e há outras onde isso não se tem verificado. O pelouro da Cultura tem várias áreas, sendo a Biblioteca; Museus; Acção/Animação Cultural e Património Histórico-Cultural as mais importantes. Nestas duas últimas registamos um balanço positivo. As outras têm aspectos melhores e aspectos não tão bons. Qual é o passo que se segue para melhorar os resultados obtidos até agora? Eu tenho ano e meio para mostrar que é possível sonhar no pelouro da Cultura da câmara. Apesar das dificuldades, vai ser um ano de grandes realizações. Por um lado conheço melhor a câmara e os meios de que disponho para levar por diante todos os objectivos e, por outro, há urgência em realizar alguns projectos. Que projectos são esses? Há um projecto de que nunca nenhum vereador me ouviu falar e que, finalmente, vai por diante. É financiado pelo Programa Aveiro Digital, chama-se BibRia e visa essencialmente colocar na Internet, ao dispor da população, toda a imprensa periódica de Aveiro, publicada entre 1850 e 1950. O projecto BibRia consiste na microfilmagem das páginas de todos os periódicos, digitalização e colocação na Internet (que acontecerá brevemente). Isto vai permitir que qualquer pessoa possa estudar Aveiro entre 1850 e 1950 e evitar que os periódicos desapareçam com o passar do tempo. O que o levou a optar por esse período? Em 1852 nasce o primeiro periódico de Aveiro, o chamado Campeão das Províncias. É a partir daí que surgem mais dois, muito breves. Mais tarde tentaremos passar ao período seguinte. O projecto BibRia está em fase de execução e envolve a Biblioteca da Universidade de Aveiro e os municípios de Oliveira do Bairro e Ovar. Também vamos colocar on-line os autores de língua portuguesa nascidos em Aveiro – é um projecto intermunicipal, que conta com a colaboração da Universidade e de outros municípios. O pelouro da Cultura tem em curso mais algum projecto? Temos em preparação o Banco de Azulejos. Consiste em criar vasos capilares entre as reservas de azulejos da câmara e as necessidades sentidas pelos particulares. Há fachadas que têm falta de azulejos e os que ainda existem ficam condenados porque os proprietários mandam-nos retirar. Nós vamos tentar através da nossa reserva, ou noutros locais onde um prédio esteja em degradação (que já não possa ser reabilitado), recuperar azulejos para aplicar em determinada fachada. Devo dizer que não somos pioneiros. Lisboa já fez isso. A câmara de Aveiro tem uma reserva de azulejos absolutamente notável, que vamos expor. Em breve vamos fazer aprovar uma proposta de regulamento que visa salvaguardar as fachadas de azulejo em Aveiro. Gostaria muito que não fosse possível demolir um prédio com azulejos. As fachadas de azulejo antigo têm que ser preservadas. Não há outro caminho. Queremos sensibilizar para a beleza do património semi-industrial, frágil, e que é testemunho de um período áureo que marcou a paisagem urbana da cidade. Não me conformo com a situação que estamos a viver actualmente. E na área da Arqueologia o que vai ser feito? Quando eu cheguei à câmara de Aveiro a situação do ponto de vista arqueológico era ilegal, porque não é possível fazer qualquer obra no tecido urbano da cidade sem a presença de um arqueólogo. A zona onde houve muralhas é protegida e não pode haver intervenção sem a presença de um arqueólogo. O mesmo acontece com as áreas a 50 metros de monumentos nacionais e nas zonas com vestígios históricos identificados. Está tudo na lei. Esta questão não merece qualquer tipo de hesitação. Neste momento temos uma arqueóloga e vamos contratar um arqueólogo do IPPAR para a acompanhar. Este ano foi tudo normalizado. Outro objectivo passa por construir um mapa arqueológico da cidade e do município. Já existe um trabalho feito pelo vereador anterior, que não é propriamente um mapa, mas sim um levantamento arqueológico que nos serve de pouco. O que nós queremos é que a zona onde houve muralhas seja estudada. É uma tarefa para demorar dez anos. Até aqui a Arqueologia não tinha entrado nas rotinas dos próprios serviços da câmara, mas a partir de agora vai entrar. Com tantos projectos em fase de execução, pondera a possibilidade de vir a integrar a lista de candidatura de Alberto Souto às próximas eleições autárquicas, uma vez que equaciona a possibilidade de se recandidatar? Eu só aceitei integrar a lista como membro do PS, e não era militante. Porquê? Por razões de princípio. Não gosto nem nunca gostei da figura de independente (é independente de quê?). Entendo que os partidos políticos, independentemente das críticas que lhes possamos fazer em qualquer período da nossa história democrática, são património da democracia. Para mim é absolutamente vital defender o pluripartidarismo, a democracia partidária. Neste momento sou militante do PS e estou disponível para travar todos os combates que o partido me peça e que entenda que eu devo travar. No seu entender, Aveiro está preparado para se transformar na Capital Nacional da Cultura? Mais do que algumas cidades que já foram capitais da cultura, Aveiro tem uma oferta cultural muito vasta e de qualidade. Onde tem de mudar é na procura de cultura (de ocupação de espaços públicos) entre os aveirenses, que deixa um pouco a desejar. Não acredito que Aveiro seja Capital Nacional da Cultura em 2005. Para isso já devíamos ter começado no ano passado a preparar tudo. Não há hipótese, com muita pena minha. Entretanto, vamos lançar um concurso de ideias de renome internacional com vista à construção de uma nova biblioteca. O projecto será de referência e elaborado a pensar na Capital da Cultura. O que falta fazer? Eu discordo de alguns dos pressupostos do programa Capital da Cultura. Por outro lado, parece-me que mais importante do que Aveiro ser Capital da Cultura é ter uma política cultural muito clara, e a própria Oposição ser também Oposição no plano da Cultura. Em dois anos, só ouvi falar uma vez de cultura na Assembleia Municipal. A maior parte dos políticos, quer com responsabilidades nos partidos, quer com responsabilidades na Assembleia, não vão a livrarias, teatros ou a espectáculos. Era necessário que, do ponto de vista cultural, a atitude de todas as bancadas que constituem a Assembleia fosse diferente. Nessa altura poderemos ver a cultura como instrumento de luta política, que neste momento não é. Tem sido apenas um aspecto de curiosidade. Considera que a dinamização do Teatro Aveirense não vai prejudicar o desempenho do Centro Cultural e de Congressos? Não, pelo contrário. Eu sempre disse que a palavra-chave nessa relação é cooperação e complementaridade. O Teatro Aveirense tem o seu próprio espaço e não sobreviverá se asfixiar os outros, e os outros não sobreviverão se se quiserem substituir ao Teatro Aveirense. Há espaços para todos. A complementaridade é o princípio básico nesta relação entre o Teatro Aveirense e as restantes actividades. Em que fase se encontra a elaboração do Roteiro da Arte Nova? Mais do que um roteiro de Arte Nova, temos neste momento em curso, em colaboração com a Ordem dos Arquitectos, o inventário de toda a arquitectura do século XX. Em Aveiro fala-se excessivamente de Arte Nova. Estamos também a preparar roteiros da Ria; da Fauna e da Flora da Ria de Aveiro; da Geografia da Ria e um com os aspectos lúdicos da Ria. A Feira do Livro vai realizar-se novamente no Rossio ou pensa em transferi-la para a Praça Marquês de Pombal? Se tudo correr bem nunca mais sairá da Praça Marquês de Pombal. Vou dar tudo o que me é possível imaginar para que a Feira seja um êxito muito grande. A minha grande aposta está nas escolas. Vou percorrê-las, tentando levar os professores a contribuir para que a Feira do Livro se inscreva dentro dos hábitos dos estudantes. Gostava muito que todos os alunos do município de Aveiro comprassem um livro. Se isso acontecer a Feira do Livro é um êxito. Teremos também um cuidado especial com a animação cultural. Este ano a Feira vai decorrer no âmbito das festas do Euro’2004, entre 22 de Maio e 6 de Junho. Tivemos a preocupação de evitar a sua realização durante a quinzena do Euro. No encerramento do primeiro curso «Herança Cultural na Sala de Aula», em Novembro, adiantou que a segunda edição deveria ter início no próximo mês de Abril. Essa data mantém-se? Quase com certeza absoluta. Entre os vários assuntos que deverão ser incluídos na formação contam-se o sal e a museologia; construção dos barcos da Ria; azulejaria do século XVI e mais recente; museus industriais; olaria e cerâmica; arquitectura; artesanato; folclore; festas e romarias; gastronomia e o futuro do Museu da República Arlindo Vicente. Porquê esta diversidade temática? Porque pretendemos envolver mais as escolas do município, trabalhando junto dos professores. Um dos temas é o Museu da República. Quando é que os visitantes vão poder observar a colecção particular de António Pedro Vicente (filho do advogado e pintor Arlindo Vicente), formada por material relacionado com a República, e que foi doada à autarquia no âmbito de um protocolo? O Museu vai abrir ao público a 5 de Outubro deste ano. Para isso, a Câmara Municipal nomeou dois comissários: um científico (Amadeu Carvalho Homem, da Universidade de Coimbra), responsável pela leitura e concepção do museu, e outro artístico (pintor António Viana, responsável pelas exposições da Expo 98, Porto 2001 e Coimbra 2003). Neste momento está a ser feito o inventário de todas as peças da colecção do professor António Pedro Vicente. O meu grande objectivo é que não seja um espaço tradicional de objectos antigos, mas um centro cívico, de discussão das principais ideias políticas e cívicas do nosso tempo. Um espaço onde gostava de ter debates políticos, sobre democracia dos nossos dias, onde pudéssemos ter o ex-presidente Mário Soares ou Pacheco Pereira. Um lugar para pensar. Vamos ter de comprar mais colecções e, para isso, temos de ir procurá-las nos municípios vizinhos. Pretendemos também fazer uma galeria dos principais republicanos da região; transformar o espaço no grande Museu Nacional da República; criar salas de exposições permanentes, temporárias e para ciclos. Uma grande preocupação será dispor de um quadro técnico qualificado. Estamos a trabalhar para isso. Em que fase se encontra a negociação com vista à doação ou aquisição de peças pertencentes às colecções de Raul Rego e Carlos Ferrão que pretendia colocar no Museu da República? Estamos em negociação. Estou muito empenhado.
Quantas pessoas visitam habitualmente o Museu da República?
Depende do que se mostra. Por exemplo, a exposição de Lauro Corado tem cerca de 2000 visitantes. Dada a afluência do público, foi prolongada até ao final deste mês. Todo o projecto do Museu da República Arlindo Vicente está pensado para as escolas. Os alunos vão aprender, por exemplo, a problemática da bandeira nacional e a passagem da monarquia à república. O Museu pode fornecer materiais iconográficos para dar respostas a essas questões. Terá o seu boletim (revista) e uma associação de amigos ao nível nacional. Nós queremos ser sede de um Museu Nacional, não de um local. Gostaria que essa associação tivesse à cabeça, como sócio n.º 1, Mário Soares, e como sócio n.º 2, Jorge Sampaio. Vamos dirigir-lhes o convite. Confirma que a Casa Major Pessoa será transformada num Centro de Estudos e em Museu da Arquitectura estilo «Arte Nova»? Vai ser isso tudo e um salão de chá com ambiente de museu, onde as pessoas podem ir tomar o chá e conversar com os amigos, desfrutando de um ambiente com quadros e exposições relacionadas com a cidade, de um modo geral, e com a Arte Nova em particular. Teremos um espaço elegante, próprio da Arte Nova. O Centro de Estudos pode ser um gabinete. Quando terminar este mandato, o que gostaria de deixar a funcionar em pleno? Quero que o Arquivo Municipal fique a funcionar. Existem arquivos nas juntas de freguesia que estão a destruir-se. Na câmara temos uma técnica de Arquivologia que tem estado a cuidar de todo o arquivo dito histórico. O objectivo é criar um espaço próprio que permita aos historiadores e particulares a consulta de todo o tipo de documentação que testemunhe o funcionamento da câmara, juntas de freguesia e escolas. O ideal seria ficar próximo dos serviços, por exemplo na antiga fábrica Campos. Penso que temos um património a destruir-se por falta de sensibilidade.
Cristina Paredes
Lauro Corado
(1908-1977)
Lauro da Silva Corado - Professor e artista plástico, nasceu em Aveiro em 1908 e morreu em Lisboa a 1 de Setembro de 1977. Estudou na sua cidade natal (Escola Industrial de Fernando Caldeira) e depois na Escola Superior de Belas Artes do Porto onde concluiu o Curso Superior de Pintura. Foi discípulo de António Carneiro e de Joaquim Lopes. Fez concurso de provas públicas para professor de Pintura da Escola Superior de Belas Artes, tendo ficado aprovado em «mérito absoluto» (1933). Nesse ano partiu para Itália, França e Espanha como bolseiro do Instituto para a Alta Cultura, regressando em 1945 a Espanha patrocinado pelo mesmo Instituto. Como professor começa a leccionar na Escola Industrial e Comercial Infante D. Henrique (Porto), e, a partir de 1941, na Escola Industrial e Comercial Dr. Azevedo Neves (Viseu). Em 1942 transfere-se para a Escola António Arroio. Em 1949 faz Exame de Estado para professor efectivo do Ensino Técnico, instalando-se no ano seguinte em Portalegre, onde lecciona até 1958 na Escola Industrial e Comercial local. Aí conviveu com José Régio, colaborou em A Rabeca e expôs diversas vezes: 1955, Escola da Corredoura; 1958, Salão Nobre do Governo Civil.De regresso a Lisboa, em 1958, é colocado na Escola Técnica Elementar Nuno Gonçalves e depois na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde se encontrava à data da sua morte. A sua primeira exposição individual efectuou-se na Associação Comercial de Aveiro, a que se seguiu uma segunda no Salão Silva Porto (Porto). Concorreu a inúmeras exposições individuais e colectivas no país e no estrangeiro, obtendo 1.ª e 2ª medalhas da S.N.B.A. de Lisboa, os 1.º e 2.º prémios e Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Lisboa, o prémio José Malhoa e o 1.º prémio da Exposição Antoniana do Estoril. Encontra-se representado em museus e colecções particulares de Portalegre, Espanha, Brasil, Canadá, EUA e Alemanha.
Referencias interessantes:
Rua Lauro Corado,
Forca-Vouga
3800-019
Aveiro,
Portugal
(António) de Viseu:
Domingo, Março 20, 2005
233. O MENINO DO COBERTOR - LAURO CORADO


Lauro Corado (1908 - 1977)O Menino do Cobertor, s.d., Óleo sobre tela, 53 x 43 cm, Museu Grão Vasco, Viseu "O Calvário" nem sempre foi um dos meus quadros preferidos no Museu Grão Vasco. A falar verdade, na primeira vez que o vi, aquelas figuras mal encaradas até me meteram medo.O Menino do Cobertor sim, esse foi amor à primeira vista. Os seus olhitos, ainda de cor indefinida, olharam-me fixamente... O cobertor de papa era igual ao meu... Mas o meu picava-me... Cada vez que visitava o Museu corria para a sala onde ele se encontrava. Ainda tentei pintar um igual, mas não saiu nada de jeito.Da última vez que visitei o remodelado Museu Grão Vasco não o vi. Deveu-se, estou certo, à minha pressa. Não acredito que o tenham retirado para as sombras das reservas!
// posted by António @
17:33

Cartonista

LAURO CORADO
Cartonista
(A revista "O Meúdo", 1928)
Lauro Corado Director gráfico
autor de várias capas
e da história de "O Meúdo"
Revista nº 1 - Capa de Lauro Corado
Revista nº 3 - Capa de Lauro Corado

O Meúdo Lambareiro

Meúdo, "Cavaleiro da Triste Figura"

O Meúdo Campeão de Boxe

LAURO CORADO

LAURO CORADO
(exposição virtual)
obras existentes em museus

Lauro Corado - Autoretrato - Museu de Aveiro

Lauro Corado, Auto retrato, Madrid - Museu de Aveiro

Minha mulher, Maria Helena - Museu de Aveiro

Minha Mulher, Maria Helena - Museu de Aveiro


Lauro António, filho do pintor - Museu de Aveiro


Lauro António, filho do pintor - Museu de Aveiro


"O Menino do Cobertor" - Museu Grão Vasco - Viseu
O Homem do Foguete - Museu de Aveiro
Aveiro - Museu de Aveiro
Salinas, Ria - Museu de Aveiro
Salinas - Museu de Aveiro
Ericeira, Praia dos Pescadores - Museu de Aveiro
Praia das Maçãs - Museu de Aveiro
O Ferro de Engomar - Museu de Aveiro
A Baia de Luanda - Museu de Aveiro
Paisagem outonal - Museu de Aveiro
Árvores - Museu de Aveiro
Aveiro - Museu de Aveiro
Praia das Maçãs - Museu de Aveiro
Museu de Aveiro
Alcachofras - Museu de Aveiro
Jarros - Museu de Aveiro
Camélias - Museu de Aveiro